O governo vai cortar cerca de R$ 14 bilhões no Orçamento a fim de abrir espaço para o reajuste salarial dos servidores públicos e acomodar o aumento de despesas obrigatórias. O bloqueio será acima dos R$ 8,2 bilhões previstos no boletim de acompanhamento de receitas e despesas, divulgado na semana passada pelo Ministério da Economia.
Os ministérios receberam comunicações da pasta comandada por Paulo Guedes e terão até semana que vem para dar uma resposta. O Palácio do Planalto quer saber, em resumo, se os cortes propostos para bancar o reajuste de servidores e outras despesas são viáveis. Segundo a CNN apurou, os ministérios terão que dizer se conseguirão ‘sobreviver’ até o fim do ano com esses cortes.
A partir dessas informações, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tomará a decisão sobre o reajuste. Aliados de Bolsonaro disseram à CNN, em caráter reservado, que se as pastas que estão na lista de bloqueio de recursos derem ok, o aumento ao funcionalismo sai. Do contrário, pode ser que o reajuste não seja tirado do papel.
O valor total do bloqueio inclui o aumento de gastos obrigatórios, como o plano safra e pagamento de precatórios e os recursos necessários para conceder um reajuste de 5% a todos os servidores, o que deve exigir espaço no Orçamento de R$ 6,3 bilhões.